México supera erros de arbitragem e vence Camarões em estreia !
O México precisou balançar as redes três vezes para valer uma. Mas nem os erros da arbitragem foram suficientes para impedir a estreia vitoriosa da equipe. Debaixo de muita chuva na Arena das Dunas, em Natal, os comandados do técnico Miguel Herrera venceram Camarões por 1 a 0, nesta sexta-feira, e se candidatam a brigar com o Brasil pela liderança do grupo A.
As fases do jogo : O México fez tudo certo para sair do primeiro tempo com uma boa vantagem no placar. Teve maior posse de bola (63% a 37%), criou diversas chances de gol e balançou as redes duas vezes com Giovanni dos Santos. A arbitragem, porém, não deixou os mexicanos irem para o intervalo à frente o marcador. Anulou erroneamente por impedimento os dois tentos, revoltando os mexicanos. Também invalidou um gol camaronês, mas acertou no lance.
Na etapa final, porém, não teve jeito. O goleiro Itandje, que logo no início do segundo tempo fez um milagre, ainda realizou grande defesa cara a cara com Giovanni dos Santos. Mas Peralta aproveitou rebote e abriu placar. Em desvantagem, Camarões passou a tentar o empate na base do 'abafa', mas o goleiro Ochoa não precisou praticar sequer uma defesa difícil.
O melhor : Giovanni dos Santos. Só não saiu consagrado por culpa da arbitragem. Deu muito trabalho à defesa camaronesa, teve dois gols anulados erroneamente e ainda participou da jogada que resultou no tento de Peralta.
O pior : Djeugoue. Perdido na marcação, lateral direito de Camarões levou um baile no primeiro tempo e deu espaço para que as principais jogadas do México saíssem pelo seu setor. Acabou substituído no intervalo.
A chave do jogo : As falhas de marcação da seleção camaronesa foram bem exploradas pelos mexicanos. O time africano insistiu em uma linha de impedimento que deixou os atacantes rivais livres em diversas oportunidades.
Toque dos técnicos : O técnico Miguel Herrera colocou seus dois laterais atuando avançados, explorando os espaços nas costas da defesa camaronesa. As jogadas mais perigosas do México saíram por ali, principalmente pelo lado esquerdo.
Para lembrar:
Apito compromete de novo. Assim como na estreia do Brasil, a arbitragem também polemizou no segundo jogo da Copa. Foram três gols anulados por impedimento só no primeiro tempo. Reclamações maiores do México, já que Giovanni dos Santos estava em condição legal em seus dois tentos invalidados.
Pontaria descalibrada. O placar magro não pode ser atribuído apenas à arbitragem. O ataque mexicano desperdiçou diversas oportunidades de ampliar o marcador, as mais claras com Peralta e Hernández, que entrou no segundo tempo. Até mesmo Samuel Eto'o teve boa chance na etapa inicial, mas chutou para fora.
Dilúvio em Natal. Chuva forte caiu antes e durante a partida, castigando equipes e torcedores. O gramado da Arena das Dunas, porém, passou bem pelo teste e resistiu ao temporal.
Rafa Márquez faz história. Zagueiro mexicano se tornou o primeiro jogador a ser capitão de uma seleção em quatro Copas diferentes.
Ficha Técnica / México 1 x 0 Camarões
Data : 13/06/2014 - 13h / Local : Arena das Dunas (Natal)
Árbitro : Wilmar Roldan (COL)
Auxiliares : Humberto Clavijo (COL) e Eduardo Diaz (COL)
Cartões amarelos : Moreno (México) e Nounkeu (Camarões)
Gols : Peralta, aos 15 min do 2º tempo
México : Ochoa; Rafa Márquez, Rodríguez e Moreno; Layún, Aguilar, Vázquez, Herrera (Salcido) e Guardado (Fabian); Giovanni dos Santos e Peralta (Hernández). Técnico: Miguel Herrera
Camarões : Itandje; Djeugoue (Nounkeu), Chedjou, Nkolou e Assou-Ekotto; Song (Webo), Mbia e Enoh; Moukandjo, Eto'o e Choupo-Moting. Técnico: Volker Finke
Holanda se vinga da derrota de 2010 e humilha Espanha com goleada de 5 a 1
A revanche da final da Copa de 2010 acabou de um jeito surpreendente em Salvador. Aproveitando erros da defesa espanhola, a Holanda fez 5 a 1 em uma Arena Fonte Nova pintada de laranja e se vingou de uma maneira cruel de seus algozes na África do Sul.
A vitória foi de virada, já que a Espanha abriu o placar após um pênalti duvidoso no primeiro tempo. O empate saiu logo depois, mas a goleada foi consolidada no segundo tempo quando os espanhóis partiram para cima e deram espaços para Robben e Van Persie se destacarem: cada um fez dois gols. Ao final da partida a torcida vestida de laranja gritava "olé", em êxtase com esse resultado inesperado.
As fases do jogo: A primeira partida entre as duas seleções após a final da última Copa começou muito pegada, e os holandeses sufocaram os rivais no meio de campo com faltas violentas e marcação dura. Do lado espanhol, o talento de Iniesta e Xavi testava a defesa laranja, inexperiente e insegura. Com o controle da posse de bola, a atual campeã mundial abriu o placar com Xabi Alonso, em pênalti controverso sobre Diego Costa.
Mas a partir do final do primeiro tempo, os erros defensivos da Espanha cobraram seu preço. Van Persie acertou uma bela cabeçada por cobertura para empatar ainda na primeira etapa. E a Holanda virou se fazendo valer de bobeadas da defesa rival. Primeiro com Robben que ganhou dividida com dois zagueiros. Depois com De Vrij, que estava atento após saída errada de Casillas. E, por último, com Van Persie, que aproveitou outra falha do goleiro espanhol e transformou a vitória em goleada. No final , Robben ainda fez o quinto em um deus-nos-acuda na área vermelha.
O melhor : Van Persie. Além do golaço de cabeça, o atacante meteu bola na trave e estava ligado para tirar a bola de Casillas e fazer o quarto gol da Holanda.
O pior : Casillas. O goleiro falhou em dois gols. Em um cruzamento na área, ele saiu mal do gol e deixou a bola sobrar para Vrij que empurrou para as redes. O arqueiro, que já foi considerado um dos melhores do mundo, deu mostras de que já não é mais o mesmo de outros tempos.
A chave do jogo : No final do primeiro tempo, quando a Espanha vencia por 1 a 0, David Silva foi lançado por Iniesta e teve a chance de fazer o segundo e quase encaminhar a vitória. O goleiro holandês fez boa defesa. Nos minutos seguintes, Van Persie empatou e deu novo ânimo aos holandeses.
Para lembrar:
Goleada histórica. No segundo tempo, já perdendo, a Espanha partiu para o ataque e para o desespero. Nos espaços na defesa, os atacantes holandeses fizeram a festa e transformaram uma vitória normal em uma goleada histórica: nunca uma seleção campeão do mundo havia sido humilhada dessa forma em uma Copa.
Um golaço de cabeça. O gol mais bonito da Copa 2014 até agora saiu da cabeça de Robin van Persie. O atacante holandês recebeu um lançamento aéreo e, percebendo o goleiro adiantado, tocou de cabeça por cobertura, um semi-peixinho plástico e inteligente.
Diego Costa xingado pela torcida. O brasileiro que preferiu jogar pela Espanha não foi perdoado em Salvador. O anúncio de sua escalação foi vaiado pela torcida e ele foi xingado desde o começo da partida. E parece ter sentido: na primeira vez que recebeu na área, se embananou com a bola; na segunda, a isolou numa tentativa de chute a gol. Mas logo depois, recebeu e sofreu o pênalti que resultou no 1 a 0.
Invasão holandesa em Salvador. Milhares de torcedores holandeses pintaram a capital baiana de laranja nesta sexta-feira. Eles fizeram concentração no Pelourinho, fizeram festa com o Olodum e eram maioria na Fonte Nova. Mas nenhum deles esperava que a vitória sobre os atuais campeões mundias fosse tão eloquente.
Revanche violenta. A Holanda entrou em campo aparentemente ainda magoada pela derrota na final da Copa de 2010 (apesar de apenas sete jogadores daquela época tenham permanecido no grupo). Os holandeses não aliviaram em divididas e cometeram as faltas mais duras, principalmente com De Jong e Guzmán.
Ficha Técnica / Espanha 1 x 5 Holanda
Data : 13 de junho de 2014/ Horário : 16h00 (de Brasília)
Local : Fonte Nova, em Salvador (BA)
Árbitro : Nicola Rizzoli (ITA)
Assistentes : Renato Faverani (ITA) e Andrea Stefani (ITA)
Cartões amarelos : Guzman, Vrij, Van Persie (Holanda)
Gols : Xabi Alonso, aos 26 min. do 1°t (Espanha); Van Persie, aos 43 min. do 1°t e aos 26 min. do 2°t, Robben, aos 7 min. E 35 min do 2°t, e Vrij aos 19min do 2ºt (Holanda)
Espanha : Casillas; Azpilicueta, sérgio Ramos, Piqué, Jordi Alba; Busquets, Xabi Alonso (Pedro), Xavi e Iniesta; Silva (Fábregas) e Diego Costa (Fernando Torres) / Técnico : Vicente Del Bosque
Holanda : Cillessen; Janmaat, De Vrij (Veltman), Vlaar, Martins Indi, Blind; De Jong, De Guzmán (Wijnaldum), Snejijder; Robben e Van Persie / Técnico : Louis Van Gaal.
Chile sofre, mas vence Austrália com gol de Valdivia e força da torcida !
Santiago, capital chilena, e Cuiabá, palco do duelo entre Chile e Austrália, pela Grupo B da Copa do Mundo, ficam distantes 2470 km. Na noite desta sexta-feira, não pareceu. A Arena Pantanal foi tomada pela torcida da seleção sul-americana, que aproveitou o apoio e estreou no Mundial com triunfo: 3 a 1. A festa dos torcedores foi fundamental para o começo de jogo espetacular do Chile, que marcou dois dos gols da vitória em 13 minutos de jogo. Assim, termina a primeira rodada em 2° na chave, atrás da Holanda, que goleou a Espanha por 5 a 1.
Mas foi difícil. Alexis Sanches e Valdivia marcaram logo no começo e fizeram com que muitos pensassem que uma nova goleada surgiria no dia, e que a Austrália realmente era candidata ao cargo de saco de pancadas da Copa. Mas isso mudou no minuto seguinte ao gol. A Austrália mostrou futebol eficiente, principalmente nas jogadas pelas pontas. Mas faltou qualidade na finalização. De qualquer maneira, escapou de goleada e da lanterna do grupo, que fica com a atual campeã do mundo após uma rodada.
As fases do jogo: Foram duas, uma que durou 13 minutos, e outra pelo resto do jogo. Na primeira, apressão chilena, toque de bola bonito, qualidade nas finalizações. Dois gols, placar aparentemente resolvido, goleada iminente. Na segunda, a Austrália mostrou futebol.
E mostrou ao mundo, e principalmente a Holanda e Espanha, que para ganhar do Chile o caminho é a bola aérea. Toda bola na área chilena era desesperadora para a dupla de zaga formada por Jara e Medel. Claudio Bravo, o goleiro, foi o herói da defesa chilena. Se Espanha e Holanda querem vencer, apostar em cruzamentos para Diego Costa e Van Persie é uma ótima dica.
O melhor : Cahill - Sim, o Chile venceu o jogo. Mas por causa de duas jogadas isoladas - no 1° gol, com Aránguiz e Sanchez; no 2°, com Sanchez e Valdivia - além do gol já nos acréscimos. No jogo coletivo, a Austrália mostrou mais futebol - ou, ao menos, mais vontade - que os chilenos, 'só' faltou a bola entrar. E foi Cahill que teve as melhores oportunidades, ganhando de cabeça todos os cruzamentos lançados sobre a área do Chile. Claudio Bravo, goleiro chileno, merece destaque por salvar sua seleção.
O pior : Mena - Todas as chances de empate da Austrália - e o gol - surgiram nas costas do lateral esquerdo do Chile. Leckie, australiano, percebeu a 'avenida' que o jogador do Santos abriu naquela região e abusou dos cruzamentos para a área. Cahill aproveitou uma cabeçada, mas Bresciano pecou no chutes, além de parar nas mãos do goleiro Bravo.
A chave do jogo : Para sorte do Chile, o time conseguiu abrir 2 a 0 em 13 minutos de jogo. Porque foi exatamente por esse período que o time foi melhor que a Austrália no gramado da Arena Pantanal. Conseguir marcar rápido acabou sendo o fator decisivo, já que fez a Austrália se abrir e não mais jogar retrancada - chave para o triunfo chileno e para a emoção do jogo.
Toques do técnicos : Ange Postecoglou, técnico da Austrália, percebeu que Leckie, pela ponta direita, e Cahill, no meio da área, eram o caminho para a Austrália. Deu certo e o gol do time surgiu assim. Mas a agitação de Jorge Sampaoli, técnico do Chile, deu mais certo ainda, já que toda sua inquietação e gritos na beira do gramado fizeram com que o Chile entrasse com muita vontade e resolvesse o placar rápido.
Para lembrar:
A torcida do Chile foi maioria na Arena Pantanal e protagonizou belo espetáculo. Logo na hora dos hinos nacionais, os chilenos se uniram aos jogadores e cantaram à capela após a Fifa cortar parte da música. Depois, cantos de "ole, ole, Chile, Chile", Chi chi chi, le le le, Viva Chile!" e, já aos 17 minutos, gritos de "olé", já que o time já vencia por 2 a 0. Além disso, festa: na entrada dos jogadores, rolos de papel higiênico foram jogado no gramado, como é tradicional nos estádios pela América do Sul.
O futebol brasileiro foi mais representado pelo Chile do que pela própria seleção do país. Enquanto o Brasil bateu a Croácia apenas com Fred de jogador que atua no futebol local, o Chile escalou três contra a Austrália: Valdivia, do Palmeiras, Aránguiz, do Internacional, e Mena, do Santos.
O trio de arbitragem, formado por juízes da Costa do Marfim e do Burundi, foi o 1° na Copa a não comprometer um resultado por marcação controversa. Inclusive, acertou difícil impedimento em gol marcado por Cahill na segunda etapa, que daria o empate à Austrália. Além disso, anotaram corretamente que a bola não entrou em toque de Vargas salvo em cima da linha por Wilkinson.
3 Copas diferentes com gol
O australiano Tim Cahill marcou seu 4° gol em Copas e se tornou o primeiro jogador da Oceania a marcar em três Copas do Mundo diferentes (2006, 2010 e 2014)
Ficha Técnica / Chile 3 x 1 Austrália
Data : 13 de junho de 2014 / Horário : 19h00 (de Brasília)
Local : Arena Pantanal, em Cuiabá (MT)
Árbitro : Noumandiez Doue (CDM)
Assistentes : Songuifolo Yeo (CDM) e Jean Claude Birumushahu (BDI)
Cartões amarelos : Cahill, aos 42 min. do 1°t, Jedinak, aos 12 min., Milligan, aos 23 min do 2°t (Austrália); Aránguiz, aos 40 min. do 2°t (Chile)
Gols : Alexis Sanchéz, aos 11 min., Valdivia, aos 13 min. do 1°t, e Beausejour, aos 47 min. do 2°t (Chile); Cahill, aos 35 min. do 1°t (Austrália)
Espanha : Bravo; Isla, Medel, Jara e Mena; Diaz, Vidal (Gutiérrez, aos 14 min. do 2°t), Aránguiz e Valdívia (Beausejour, 23 min. do 2°t); Vargas (Pinilla, aos 41 min do 2°t) e Sanchez / Técnico: Jorge Sampaoli
Holanda : Ryan; Franjic (McGowan, aos 4 min. do 2°t), Davidson, Jedinak (Halloran, aos 23 min. do 2°t) e Milligan; Spiranovic, Leckie, Oar e Cahill; Wilkinson e Bresciano (Troisi, aos 31 min. do 2°t) / Técnico: Ange Postecoglou.
Por Marcelo Oliveira / VídeoPlay Esporte
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