segunda-feira, 23 de junho de 2014

COPA DO MUNDO 2014 / GRUPO DE FASE 23-06-2014


Holanda vence e põe Chile como provável rival do Brasil nas oitavas

Holanda e Chile entraram em campo na última rodada com uma missão: fugir do Brasil nas oitavas de final. Após um jogo truncado e sonolento, são os europeus quem podem respirar mais aliviados. Venceram por 2 a 0, nesta segunda-feira, no Itaquerão, terminaram a fase classificatória na primeira colocação do grupo B e só pegam os anfitriões em caso de 'zebra'.

A tarefa inglória de enfrentar os donos da casa deve cair no colo dos chilenos. Basta apenas que o Brasil faça sua parte e vença a já eliminada seleção de Camarões nesta segunda, às 17h, em Brasília. Se a lógica prevalecer, o confronto sul-americano pelas oitavas de final ocorrerá no próximo sábado, no Mineirão. A Holanda joga domingo, no Maracanã, e encara os comandados de Felipão se estes ficarem em segundo lugar do grupo A.

As fases do jogo:

 Não foi um 'jogo de compadres', mas nitidamente Holanda e Chile não apresentaram a mesma intensidade de jogos anteriores, talvez já preocupados com as oitavas de final. O primeiro tempo foi de muitas faltas e poucas chances. O Chile só assustou em jogadas ensaiadas de bola parada. A Holanda foi refém de poucos contra-ataques puxados por Robben. Nada, porém, que empolgasse o torcedor.

A etapa final foi mais aberta. Precisando vencer para escapar do Brasil, o Chile mudou o esquema, colocou mais um meia ofensivo e se lançou ao ataque. Os holandeses, porém, tiveram estrela. Fer, que havia acabado de entrar, subiu sozinho em cobrança de escanteio e cabeceou sem chances. Atrás no placar, os sul-americanos foram para o tudo ou nada nos minutos finais e deram espaço para o mortal contra-ataque holandês, que sacramentou o resultado com Depay.

O melhor : Vlaar - Zagueirão holandês mostrou segurança e foi um dos responsáveis pelas poucas chances do Chile. Os rápidos atacantes adversários perderam quase todas para o defensor.

O pior : Lens – Escolhido para substituir o suspenso Van Persie, praticamente não pegou na bola. No único ataque em que apareceu, se atrapalhou e mandou na arquibancada. Acabou substituído no segundo tempo.

A chave do jogo : Altura holandesa – A diferença física foi decisiva para o resultado. Os baixinhos chilenos mostraram dificuldades com as bolas cruzadas. Caminho a ser explorado pelo Brasil nas oitavas?

Toque dos técnicos : Holanda entrou mais precavida que em jogos anteriores. Recuou, deu campo ao Chile e apostou nos contra-ataques em velocidade com Robben. O atacante Kuyt foi deslocado para acompanhar os avanços dos laterais adversários. No segundo tempo, Sampaoli foi para a pressão. Sacou um dos zagueiros, mandou Valdivia a campo e ainda atuou com mais três atacantes.

Para lembrar:

Hino à capela. Mais uma vez os chilenos deram uma prova de que jogam em casa nesta Copa. Como já havia ocorrido nos dois jogos anteriores, foram maioria no estádio e deram show no hora do hino.

Afasta o juiz ! O árbitro Bakary Gassama deu uma forcinha para a defesa chilena ao desviar para fora um chute de fora da área de Wijnaldum. Claro que a 'ajuda' não foi intencional.

Caneta chilena. Alexis Sánchez foi o responsável pelo lance mais bonito da partida. Encurralado na linha de fundo, colocou a bola por entre as pernas de Lens, invadiu a área e chutou cruzado. O gol só não saiu graças a boa defesa de Cillessen.


Rodrigo Mattos : Baixo, Chile mostra-se vulnerável pelo alto e perde da Holanda

Ficha Técnica : HOLANDA 2 X 0 CHILE

Data : 23/06/2014 - 13h (de Brasília) / Local : Itaquerão (São Paulo)

Árbitro : Bakary Gassama (GAM)

Auxiliares : Evarist Menkouande (CAM) e Felicien Kabanda (RUA)

Cartões amarelos : Blind (Holanda) e Francisco Silva (Chile)

Gols : Fer, aos 31 min, e Depay aos 46 min do 2º tempo

Holanda : Cillessen; Janmaat, De Vrij, Vlaar e Blind; Wijnaldum, De Jong e Sneijder (Fer); Lens (Depay), Robben e Kuyt (Kongolo). Técnico: Louis Van Gaal

Chile : Bravo; Medel, Francisco Silva (Valdivia) e Jara; Isla, Marcelo Díaz, Aránguiz, Felipe Gutiérrez (Beausejour) e Mena; Vargas (Pinilla) e Alexis Sánchez. Técnico: Jorge Sampaoli



Espanha bate Austrália, se livra da lanterna e é provocada por brasileiros

Foi uma despedida melancólica. Com direito a muita tristeza em campo, a Espanha bateu a Austrália nesta segunda-feira por 3 a 0 em Curitiba e deu adeus ao Mundial do Brasil com ao menos três pontos e saldo negativo de três gols. Sobrou o consolo de não ficar com a lanterna na mão. A torcida brasileira não quis nem saber. Não perdoou e gritou "eliminado" e o outro canto que diz que "está chegando a hora de ir embora". Holanda e Chile se classificaram às oitavas de final como representantes do grupo B. 

O gol de Villa, que não escondeu a chateação ao ser substituído, entra para a história como último dele em uma Copa. Torres aumentou o placar para melhorar um pouco a última atuação de uma geração que teve feitos inéditos, como o bicampeonato da Eurocopa (2008 e 2012) e o título mundial de 2010, na África do Sul. Mata fez o último. Xavi, Villa, Casillas e companhia, agora, abrem espaço para atletas que tentarão manter a Fúria como uma das seleções a serem respeitadas no futebol mundial.  

As fases do jogo: 

A Espanha começou mantendo o domínio do toque de bola e empurrou a Austrália no seu campo de defesa. Com duas jogadas pela esquerda, com Villa e Alba, quase abriu o placar. Depois, inverteu o lado e conseguiu, pela direita, criar a jogada com Juanfran. O lateral achou Villa, que abriu o placar de letra. 

No segundo tempo, as seleções jogavam esperando o tempo passar. A Espanha voltou a abusar de seu melhor jogador, Iniesta. Ele comandou o meio de campo e enfiou bola perfeita para Fernando Torres ampliar o placar. A Austrália pouco fazia para mudar o placar. Mata completou a vitória com um gol já próximo do apito final. 

O melhor : Iniesta - Participou de dois gols do jogo. Primeiro, em excelente passe para Juanfran, que completou com cruzamento para Villa marcar um golaço. Depois, com assistência perfeita para Fernando Torres aumentar o placar.  

O pior : Taggart – O atacante não conseguiu desempenhar um bom papel à frente, pouco incomodou a defesa espanhola e deixou ainda mais claro a importância de Tim Cahill, que, suspenso, não pôde jogar nesta segunda-feira.

A chave do jogo : Desânimo – Ficou muito claro o clima melancólico na Arena da Baixada. Eliminadas, as seleções não contavam com um público muito empolgado e também não mostravam tanta vontade de jogar. Prevaleceu o toque de bola, a técnica e a habilidade dos espanhóis para construírem a vitória.

O toque dos técnicos : Para tentar dar a chance para todos atletas jogarem um pouco, Del Bosque escalou uma equipe mista na despedida da Espanha da Copa-2014. Já a Austrália jogou com o desfalque de Tim Cahill e sofreu muito em campo sem sua referência. 

Para lembrar:

Adeus (1) : Xavi deve ter se despedido de uma Copa do Mundo. O fã de um jogador como ele ficará órfão de um atleta que sabe controlar tão bem uma equipe usando a inteligência e rápidos toques de bola. Com 34 anos, dificilmente jogará outro Mundial e se despediu do Brasil do banco de reservas.

Adeus (2) : Casillas é outro que, provavelmente, não estará na Copa do Mundo na Rússia em 2018. Com 33 anos, ele assistiu, assim como Xavi, o gol do banco de reservas, dando lugar a Pepe Reina.

Adeus (3) : David Villa - Fez um belíssimo gol e, ao ser substituído, deixou o gramado chorando. Muito provavelmente porque esse foi sua última partida com a camisa da Espanha em uma Copa do Mundo. Visivelmente chateado, precisou ser acudido pelos companheiros no banco

Apoio isolado : O amarelo predominou em Curitiba. Muitos torcedores da Austrália invadiram o estádio para dar apoio à seleção da Oceania. O único momento em que a Espanha levantou a torcida foi com Fernando Torres trocando de camiseta. Com o uniforme rasgado, ele ficou sem camisa por um tempo, arrancando suspiros apaixonados. Teve até grito de "eliminado".

Ficha Técnica / Austrália 0 x 3 Espanha

Data : 23/06/2014 - 13h (de Brasília) / Local : Arena da Baixada (Curitiba)

Árbitro : Nawaf Shukralla (BHR)

Auxiliares : Yaser Tulefat e Ebrahim Saleh (BHR)

Cartões amarelos : Sergio Ramos (ESP) Jedinak (AUS)

Gols : David Villa, 36 minutos do 1º tempo, Fernando Torres, aos 23 minutos do 2º tempo, Mata, aos 37 minutos do 2º tempo

Austrália : Ryan; McGowan, Wilkinson, Spiranovic, Davidson; Jedinak, McKay; Leckie, Oar (Troisi), Bozaniac (Bresciano), Taggart (Haloran).
Técnico : Ange Postecoglou

Espanha : Reina; Juanfran, Sergio Ramos, Albiol, Alba; Alonso (David Silva), Koke e Iniesta; Cazorla (Fabregas), Torres e Villa (Mata).
Técnico : Vicente Del Bosque


Só Neymar salva. Atacante faz 2 e leva Brasil às oitavas para encarar Chile

Que Neymar era o principal nome do Brasil para a Copa em casa ninguém discordava. Mesmo quem não gosta do atacante sabia que, se a seleção brasileira dependesse em algum momento do Mundial de um lampejo de craque, de uma jogada individual, a possibilidade de que essa saísse do pé do camisa 10 era enorme. O que ninguém esperava, talvez, é que o Brasil chegasse às oitavas quase que apenas por causa das jogadas de Neymar e pela ajuda de um elemento surpresa: Luiz Gustavo, aquele que assume que não é tão conhecido da torcida. Foi assim, inclusive nesta segunda-feira: de novo com sofrimento, o Brasil bateu Camarões por 4 a 1 e se classificou - não, o placar não mostra a dificuldade da partida.

Com sete pontos, a seleção brasileira foi a líder do Grupo A da Copa do Mundo que sedia - mas só pelo saldo de gols, ficando à frente do México por 5 a 3. Pegará o Chile nas oitavas de final, seleção a qual já bateu por duas vezes nesta fase em Copas passadas. O futebol precisa melhorar, porém. Depender só de Neymar pode, em um dia ruim do jogador, significar o fim de torneio para a seleção. O próximo passo para acabar com o "fantasma de 1950" ocorre no próximo sábado, no Mineirão, às 13h - Brasil e Chile fazem o primeiro jogo da segunda fase da Copa.

Fases do jogo : 

O Brasil começou pressionando Camarões, mas isso durou cerca de 10 minutos. Antes do gol de Neymar, aos 16 min., após linda jogada de Luiz Gustavo pela esquerda, Camarões chegou a ter chances, dado o nervosismo da seleção brasileira. Nem o gol "sarou" esse problema, e os africanos aproveitaram para empatar aos 26 min. com Matip, sozinho na área, só tocando para o gol nas costas de Thiago Silva e David Luiz.

Neymar, então, partiu para jogadas individuais. E foi numa delas que ele não só marcou o segundo, deslocando o goleiro Itandje, como acabou com o medo do time de tomar a virada e ver a vaga em risco. No segundo tempo, com Fernandinho ajudando Luiz Gustavo no meio, o Brasil se soltou. Fred aproveitou e, de cabeça, marcou, após cruzamento de David Luiz, logo aos 4 min. Como Camarões, já eliminado, jogava sem responsabilidade, o Brasil pôde arriscar até tirar Neymar, que se levasse amarelo estaria suspenso. Foi a hora de Fernandinho brilhar. O volante avançou, aproveitou erro da zaga camaronesa e tabelou com Fred. De bico, fez o quarto, fechando o placar. Brasil líder. No saldo de gols, mas líder.

Os melhores : Luiz Gustavo e Neymar - O volante foi o melhor jogador do Brasil na primeira fase, independentemente de todos os gols decisivos de Neymar. Se não fosse Luiz Gustavo, que marcou quando Paulinho esteve mal, e que armou nos sumiços constantes de Oscar, a classificação brasileira seria ainda mais sofrida do que foi. O passe para o primeiro gol do Brasil nesta segunda resume: foi ele quem deu o bote no camaronês que tentava sair jogando; foi ele que avançou com habilidade pela esquerda; e foi ele que levantou a cabeça, viu Neymar sozinho e cruzou de forma precisa.

Neymar, é claro, merece a citação porque, se não fosse por sua capacidade de chamar a responsabilidade e decidir, o Brasil, possivelmente, não estaria nas oitavas de final na Copa que sedia.

O pior : Paulinho - Assim como nos dois primeiros jogos, esteve sumido. O volante marcou mal, deu espaços ao time camaronês e perdeu bolas na defesa, possibilitando contra-ataques. Apesar de Daniel Alves novamente ter marcado mal pela direita, Paulinho esteve abaixo da crítica. Foi substituído no intervalo por Fernandinho, que em cinco minutos participou de dois bons ataques - o do gol de Fred incluso - e, no final, marcou o 4° do Brasil. Uma mudança no meio da seleção surgirá nas oitavas?

Chaves do jogo : O Brasil utilizou uma tática muito vista pelo torcedor do Santos entre 2011, após o título da Libertadores, e 2013, quando Neymar se transferiu ao Barcelona - bola no Neymar, e só. Com Oscar sem chamar o jogo, com os laterais avançando pouco e com Fred e Hulk novamente mal, restou à seleção torcer para que Neymar, com a liberdade dada por Felipão, resolvesse. Fez dois e, momentaneamente, virou o artilheiro da Copa com quatro. Neymar gosta de jogar com a responsabilidade, mas às vezes pode dar errado. Depender só de uma jogada, como no Santos de Neymar na época já citada, não é certeza de resultado.

Toque dos técnicos : Felipão pode ter achado uma nova formação com apenas cinco minutos de segundo tempo: viu que Paulinho seguia mal, como havia sido nos dois primeiros jogos, e colocou Fernandinho. O volante do Manchester City, que foi convocado para a Copa após diversos pedidos, até de companheiros de clube, mostrou que está em melhor fase que o "concorrente" do Tottenham. Bons passes no campo de ataque e posicionamento melhor na defesa. No final, o quarto gol do Brasil, com tabelinha com Fred. É candidato a ser titular contra o Chile desde já.

Para lembrar :

Neymar fez o 100° gol da Copa do Mundo. O gol de Matip, para Camarões, foi o 101°, o que igualou o total da primeira fase do Mundial de 2010. Para os supersticiosos, o dado: na África do Sul, o 100 gol foi marcado por Iniesta, que depois faria o tento do título espanhol.

Mais uma vez, o hino nacional foi cantado a capela por torcida e time. Há na imprensa internacional, porém, quem diga que isso, por não ser mais novidade, não intimide mais os adversários como ocorreu na Copa das Confederações de 2013, por não ser mais uma surpresa.

Foi a oitava vez na história das Copas que o Brasil jogou de camisa amarela e calção branco. Até esta segunda, eram quatro vitórias, dois empates e só uma derrota, para a Polônia, em 1974 (disputa de 3° lugar).

A cartilha com letras de canções novas distribuída para a torcida brasileira não deu muito resultado. No começo do jogo, até foi tentada a letra "Guerreiro, time de brasileiro", mas foi só. O único grito diferente tentado foi "O campeão voltou", após o primeiro gol, mas por pouco tempo.

Ficha Técnica / Camarões 1 x 4 Brasil

Data : 23 de junho de 2014 / Horário : 17h00 (de Brasília)

Local : Mané Garrincha, em Brasília (DF)

Árbitro : Jonas Eriksson (SUE)

Assistentes : Mathias Klasenius (SUE) e Daniel Warnmark (SUE)

Cartões amarelos : Salli, aos 30 min. do 2°t, e M'Bia, aos 34 min. do 2°t (CAM)

Gols : Neymar, aos 16 min. e aos 34 min. do 1°t, Fred, aos 4 min., e Fernandinho, aos 39 min. do 2°t (BRA); Matip, aos 26 min. do 1°t (CAM)

CAMARÕES : Itandje; Nyom, N'Koulou, Matip e Bedimo; N'Guémo, M'Bia, Enoh e Moukandjo (Salli, aos 12 min. do 2°t); Aboubakar (Webó, aos 27 min. do 2°t) e Choupo-Moting (Makoun, aos 35 min. do 2°t)
Técnico : Volker Finke

BRASIL :  Julio Cesar; Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Luiz Gustavo, Paulinho (Fernandinho, no intervalo) e Oscar; Neymar (Willian, aos 26 min. do 2°t), Hulk (Ramires, aos 17 min. do 2°t) e Fred
Técnico : Luiz Felipe Scolari


México supera novo erro de juiz, vence a Croácia e vai pegar a Holanda

O México precisou superar não apenas os jogadores da Croácia como também mais um erro incrível de arbitragem para garantir sua vaga nas oitavas de final da Copa. A vitória por 3 a 1 fez justiça à boa atuação no segundo tempo e só não foi maior porque o árbitro Ravshan Irmatov, do Uzbequistão, não marcou um pênalti claro quando o jogo estava empatado.

Os mexicanos reclamaram muito, mas, conscientes de sua superioridade, não demoraram para construir sua vitória, incontestável. Os europeus fizeram sua pior atuação na Copa, justamente no jogo mais decisivo. Em segundo do grupo, os latinos ficaram atrás do Brasil no saldo de gols e enfrentarão a Holanda, no Castelão, domingo que vem. É a sexta vez consecutiva que a seleção consegue avançar ao mata-mata. Os croatas voltam para casa.

As fases do jogo: 

Mesmo precisando da vitória para avançar sem depender do jogo do Brasil, a Croácia começou a partida com o freio de mão puxado e se ressentiu de um melhor desempenho do Luka Modric, escondido na marcação mexicana. O lance mais agudo, porém, foi um forte chute de Herrera que carimbou o travessão de Pletikosa aos 15min do primeiro tempo. Sem conseguir furar a defesa rival, os dois times apostaram em chutes de fora da área, que, quase sempre, saíam sem direção.

No segundo tempo, a Croácia voltou ainda pior e permitiu o domínio mexicano, que fez três gols com uma facilidade incrível, principalmente com as mudanças que Miguel Herrerar fez na equipe. Cada gol mexicano deixava os croatas ainda mais perdidos. No final, os europeus ainda diminuíram, mas já não havia tempo nem força para a virada.

O melhor : Chicharito – O atacante saiu do banco e mudou o jogo em favor do México. O time assumiu uma postura ativa no jogo após a entrada de seu craque, que teve participação ativa no segundo gol e ainda fez o terceiro, de cabeça.

O pior : Olic – O atacante esteve apagado e não repetiu as boas atuações dos primeiros jogos. Ele saiu substituído na etapa final.

A chave do jogo : o apagão na defesa da Croácia. Na metade do segundo tempo, a defesa croata parou de funcionar. Os mexicanos aproveitaram e concluíram bem todas as oportunidades que criaram. Os três gols saíram em um intervalo de dez minutos.

Toque dos técnicos : Miguel Herrera conseguiu repetir o mesmo time nos três jogos da Copa, uma raridade no torneio, mas a formação que deu certo foi a com Chicharito Hernandez, que entrou no meio do segundo tempo e imprimiu mais dinâmica ao setor ofensivo.

Para lembrar :

México em casa. Mais uma vez, os mexicanos fizeram uma festa incrível no Brasil ao dominarem a Arena Pernambuco. O apoio começou no hino cantado à capela e persistiu na partida com a canção "Cielito lindo".

Gritos homofóbicos persistem. A torcida mexicana repetiu os gritos de "puto" nos tiros de meta e escanteios da Croácia. A provocação, que tem conotação homofóbica, havia sido alvo de investigação da Fifa, que ameaçou  punir a seleção mexicana, mas voltou atrás.

Mais um erro de arbitragem. Quando o México fazia pressão, Chicharito chutou e o lateral Srna espalmou a bola, de braços abertos, dentro da área. Os mexicanos se desesperaram pedindo pênalti, mas o juiz ignorou. Foi o terceiro erro da arbitragem nessa Copa contra o México, que teve dois gols mal anulados na estreia.

Croácia cai pelos mesmos algozes. A eliminação da Croácia de Copas pelas mãos de mexicanos e brasileiros não é novidade. Em 2002, a seleção perdeu para o México na estreia e não passou da primeira fase. Em 2006, os croatas também saíram precocemente do Mundial após sucumbirem diante do Brasil.

Ficha Técnica : Croácia 1 X 3 México

Data : 23/06/2014 - 17h (de Brasília) / Local : Arena Pernambuco (São Lourenço da Mata)

Árbitro : Ravshan Irmatov (Uzbequistão)

Auxiliares : Abduxamidullo Rasulov e Bakhadyr Kochkarov (Uzbequistão)

Cartões amarelos : Rakitic (Croácia), Rafa Marques, Vásquez (México)

Cartão vermelho : Rebic (Croácia)

Gols : Rafa Marques, aos 26min, Guardado aos 30min, Chicharito aos 36min (México) e Perisic aos 41min (Croácia) do 2º tempo

Croácia : Pletikosa; Srna, Corluka, Lovren e Vrsaljko (Kovacic); Modric, Rakitic e Pranjic (Jelavic); Perisic, Olic (Rebic) e Mandzukic
Técnico : Niko Kovac

México : Ochoa; Maza Rodríguez, Rafa Márquez e Héctor Moreno; Aguilar, José Vázquez, Herrera, Guardado (Fabián)e Layún; Giovani dos Santos (Chicharito) e Oribe Peralta (Carlos Peña)
Técnico : Miguel Herrera

Por Marcelo Oliveira / VídeoPlay Esporte

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